sexta-feira, 10 de agosto de 2012

 Mais uma dose será bom, quem sabe do melhor whisky ou vinho só preciso de uma dose
Ate meus cabelos não voam mais ao vento tudo se prendeu a uma força que me leva ao poço, as lagrimas estão quase se secando de tanto ser usadas. Aquela pequena mocinha que sonhava em sair correndo em um campo enorme com muitas flores, agora só vê cinzas. Estava em minha comoda bebendo meu vinho como de costume, a bebida me faz bem me faz viver num mundo onde nem eu consigo me controlar faço tudo por impulso sem pensar, cogito tudo que estava preso em pensamentos passados, ela me faz soltar a linguá para minhas belas paredes as únicas me escutam caladas, fico por horas ali como numa terapia deito-me em cima do tapete do canto com minha taça em mãos e falo tudo que pensei meu teto olha em meus olhos meu chão me abraça minhas paredes me escutam, quando saio dali me sinto desorientada como se não estive onde escorar onde poder chorar. Sinto que deveria largar esta vida, saber viver um pouco usar aquele echarpe azul que tanto sonhei em comprar, andar pelas ruas sem medo de que podem falar sem medo de cair, apenas querer sorrir. Mais o mundo lá fora me assusta só existem loucos me sinto melhor me perfumando com minhas rosas muchas, usando óculos ao contrário , pegando minhas meias como luvas e conversando com todos os meus objetos pelo menos eles me escutam me consolam e sabem o que dizer sabem me mostrar que o silêncio serve para nos preservar mais isso machuca pra isso serve minhas pequenas doses .
                                   Mayara Machado. (via des-prender-se)

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